segunda-feira, 28 de abril de 2008

Abrindo aspas para a poesia

INFINDAVIDA

Diante do vago contorno
Desta minha vida,
Vejo que viver é a constante busca.
É, pela conquista, a implacável luta.
Vida, seletiva vida,
O saber é o rascunho da sabedoria.
Sinto que tudo gira, gira;
E jamais foge do vasto,
Supérfulo e infindável objetivo
Concreto e incerto,
Que foge os alcances
Da busca considerável.
Excede sempre o cansaço,
E a cada degrau,
Esvai-se o esforço.
Na torre do conhecimento
É o onde está o cume desta vida.
Perfeita, incompleta...
Nada é mais volátil

Que saber que devemos ser;
Mas infelicitadamente, não somos.


IDEALISMO

Eu empírico que sofre,
Poderá “eu” alcançar o “absoluto”?
Onde está Deus?

Me responda Netzsche!
Talvez Kant me centralize...
Melhor,
Certo,
Onde possa optar por mundo,
Ou natural, ou espiritual.
Exclusão talvez do metafísico,
Mal consigo me encontrar...
Triste, muito triste.
Mas a tristeza é sentimento!
Isto vem do eu,

De dentro.

Do intelecto e do coração.
Numa dualidade inexata,
Prefiro entrelaçar teorias,
Idealizar idealismos.
Então, apenas sentir,
Buscar alcançar algo.
Ao certo não sei o quê.
Porém, é absoluto,
Infinito, ilimitado...
Não é um “eu”.
Não sei se um deus...
Quero me encontrar.



TEORIA DA RELATIVIDADE

Na minha incerta realidade,
Eu acredito.
Tua tão certa verdade,
Não permito.
Relatividade.

Você me diz não ter preconceito,
E me odeia por ser preconceituosa.
Qual é o seu conceito?
Não seria tua conclusão pretensiosa?
Relatividade.

Onde cabe nosso mundo?
Tão pequeno e obscuro,
Imundo.
No qual não vemos futuro.
Relatividade.

Sabemos achar...
Invenções, ilusões...
Cabeças que só sabem sonhar,
Jamais põem restrições.
Relatividade.

Eu, “independentemente”, penso.
Por te imitar.
Onde está o senso?
Não sei diferenciar.
Relatividade.

Tudo é relativo.
Saber meu.
Saber seu.
Nosso criar é criativo?
Relatividade.

Não sei se entendeu.
Só sei que tudo gira,
Dentro de uma relativa teoria,
Que é afirmada e o mundo contraria...
Relatividade.

Todas as poesias são de autoria de Alessandra Seixas, a quem orgulhosamente tenho como sobrinha. Tem 24 anos, e, segundo o que sei, escreve desde os 8 anos de idade. Formada em Letras, Português e Inglês e pós graduada em Docência do Ensino Superior. Essa é minha sobrinha!


sexta-feira, 18 de abril de 2008

Blogagem coletiva - Abre Aspas

Resolvi participar de mais uma blogagem coletiva. Reproduzo na íntegra o texto do blog Aqcua.

Convido vocês a participar da Blogagem Coletiva “Abre Aspas” que tem por objetivo ampliar ainda o espaço da poesia na suas leituras…

No dia 28 de abril você está convidado a postar uma poesia e uma breve biografia do autor da poesia escolhida por você. Então, “Abra Aspas” no seu blog, no seu tempo, na sua vida - para a poesia.

Considerações. Abre Aspas é o nome que sugeri a um espaço criado pela Sam em seu blog, porque acho que a poesia sempre encontra um espaço em nosso cotidiano, mesmo que a gente de forma distraída não perceba. Assim sendo, nada melhor que “Abrir Aspas” para observar o mundo a nossa volta.

O convite está feito, falta agora você confirmar presença nessa nossa festa literária. O local da festa já está reservado: será o seu blog…

No dia 28 de abril - Abra Aspas para a poesia…