segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Melhores de 2007!!! Vi, ouvi, assisti, li!!!

Nessa onda de final de ano, onde todo mundo faz eleição de tudo e todos, valorizando "os melhores", desvalorizando "os piores", supervalorizando não-sei-o-quê, premiando não-sei-quem, resolvi fazer aqui minha homenagem: as 10 melhores coisas que vi, ouvi, assisti e li em 2007. Poderia colocar as piores também, mas, como do passado só quero as alegrias, olhando pra frente, vamos lá. Não está necessariamente em ordem de importância, até porque acho que não existe essa ordem. Aproveito para deixar um Feliz Ano Novo, nas palavras do Ricardo!
  1. O Hedonismo e o evangelho maltrapilho - Pr. João de Souza
  2. O evangelho segundo os evangélicos - Pr. João de Souza
  3. Vagas no Reino de Deus - Ricardo Gondim
  4. Música "Uma Babilônia cega", parceria de Caio Fábio com seu filho Davi e o amigo Vítor Carvalho, gravdo por este último. Para ler a história da composição, venha AQUI! Como bem disse o Caio, "uma música do evangelho, mas não é Gospel, graças a Deus!"
  5. Vídeo do Bono Vox, vocalista do U2, chamando a atenção da Igreja com relação ao seu compromisso social. Aqui a parte 1, e aqui, a parte 2!
  6. Vídeo da mensagem "Onde a sua fé se sustenta", do Ricardo Gondim. Uma abordagem sobre os alicerces da fé genuinamente cristã.
  7. Texto/estudo "Liderança Moral", de Eloy Anello. Um quase-manual-prático sobre as características exigidas do líder do século 21.
  8. O evangelismo do Noel, um post deste blog, homenageando a criatividade do amigo Elton, sobre o natal.
  9. JesusXGezuz, da blogueira Cris Correa, que também tem outro texto com abordagem semelhante. Extremamente atual, desnudando o "um outro cristo" que vem sendo anunciado nas igrejas.
  10. Como disse um amigo da blogosfera, "ainda comendo restos de pernil do Natal", o texto "O nascimento de Jesus" traz uma releitura atualíssima sobre o acontecimento. Muito bom de ler.
Bom, é isso aí. Minha postagem de final de ano. Reflita sobre os temas e aguardo seus comentários. Grande abraço, e até ano que vem.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Aniversário de quem???

Uma repórter de um programa de TV entrevistando uma senhora em um asilo:
- O que a senhora gostaria de ganhar neste Natal?
E a idosa, do alto de sua sabedoria e experiência de vida:
- Eu não desejo ganhar nada. A comemoração é do nascimento do Rei dos reis. Porque eu deveria ganhar algum presente?

O Evangelismo do Noel - Foto


Noel, não é você,... Ele é o Pai, meu Papai... Aquele que deu seu único filho.. lê ai ó... 3:16
Crédito da foto e texto: Elton, marido da Tanise e pai do Victor. Pego emprestado do orkut dele.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Deus entre os homens


É extraordinário que Deus venha ao nosso mundo para nele habitar! Mas Deus é assim, procura sempre estar justamente onde há necessidade de sua presença.


Dentro do propósito divino estava o fato de ter César Augusto, Imperador de Roma, decretado um recenseamento. A história da Fé Cristã começa e utiliza o que era imprevisível aos homens. Deus movimenta-se na História Universal. E quando Deus age tudo é nascimento e ressurreição, tudo brilha na intensidade do novo: um novo período histórico, um novo Reino vindo ao mundo, uma nova vida é oferecida àquele que quiser se tornar um novo homem.

Um recenseamento sempre visa contar uma população. Esse contaria um povo que, embora eleito por Deus, passava de mão em mão, sob os dominadores do mundo. Povo que nos dias do passado pecara por ter contado quantos eram nas diferentes tribos. Agora, o recenseamento ocorria pela imposição do Império. E, nesse recenseamento, um menino foi contado. Não só Maria e José – o menino o foi também, e nele Deus é contado entre os homens. Nisto está o sentido desse fato eterno: Deus foi contado entre os homens!

Não que, antes, Deus não estivesse presente no mundo, mas, agora, está de forma visível. Deus fez-se homem! Um menino nasceu e foi chamado por Emanuel (Deus conosco)!

O Império contava os seus súditos, homens e mulheres, escravos e livres. Para o Império, o povo era um simples número, um grupo, uma população. Contava para verificar o seu prestígio, conhecer sua força. O poder que estava em suas mãos. Assim sempre agem os poderosos. Contam para verificar quanto têm, que força dispõem, que capacidade de domínio possuem. Deus age diferentemente. Usa o recenseamento dos homens, não olhando para a quantidade, para a multidão: olhando para indivíduos, pessoas, vidas, corações. Não visa medir seu poder, sua grandeza e sua glória - isso não está em sua preocupação. Antes, esvazia-se de tudo, para poder estar entre os homens, ser contado como um no meio deles e poder dar-se por eles.

É extraordinário que Deus venha ao nosso mundo para nele habitar! Mas Deus é assim, procura sempre estar justamente onde há necessidade de sua presença. Ele vem habitar entre nós, mesmo que para isso seja necessário assumir a forma de servo, tomar a semelhança de homem, ser reconhecido em figura humana.

Somente quando vemos Deus contado entre nós é que percebemos a distância que há entre os caminhos dos homens e o Nós, por nós mesmos, não podemos conhecer a pessoa de Deus, nem ao menos saber o que nós realmente somos. Deus vem para, estando entre nós, revelar o que somos, o valor que temos e o propósito que tem em seu coração para cada um de nós. Assim, deixa-se contar em um recenseamento humano para, nos limites da encarnação com seus sofrimentos, dores, desprezos, mesmo na tragédia de uma cruz, expressar o amor que nos dedica.

seu caminho. Para o homem, o valor está em crescer, dominar, exaltar-se; para Deus, está em esvaziar-se, diminuir-se, limitar-se. O homem quer ser servido e receber; Deus quer servir e dar-se por muitos.

Assim, foi Deus contado num recenseamento como um dentre os homens! E por tornar-se como um de nós, aceita tudo que lhe oferecemos, até mesmo um humilde estábulo e uma simples manjedoura. Se nascesse no palácio, seria filho do rei, não seria contado entre o povo; estaria noutra classe, outra elite, seria outra gente. No estábulo, é parte da humanidade, é povo, está entre todos. Não importa que nas estalagens não haja um lugar para ele, o que sobra lhe é suficiente, afinal, Deus não tem sempre vivido da sobra da raça humana? Um estábulo é a sobra que o homem oferece mais uma vez a Deus. Sempre foi assim na vida humana: a melhor casa, o conforto, os melhores dias da vida, o melhor alimento é para nós e para os nossos; aos outros, a estrebaria! Lá é o seu lugar, o nosso é aqui. E assim fazemos as separações, construímos as barreiras, fugimos de identificarmo-nos com os outros.

Deus aceita, sempre, o que lhe damos. Transforma o que é desprezível para os homens e o dignifica. Santifica o que era ofensivo para nele nascer, fazendo-o cenário do maior acontecimento que a História registra. E, onde o homem seria inferiorizado, Deus é exaltado; onde o homem seria ofendido, Deus é glorificado. Que significativo fato foi realizado por Deus! Se não fosse assim o que seria de nós?

Deus recebe tudo o que lhe oferecemos - estrebaria, manjedoura, palha, nossa miséria e pecados - transformando-os em valores que permanecem. Só assim podemos compreender por que ele toma a nossa alma (que tantas vezes é menor que uma manjedoura), que é palha em seu conteúdo, e por vezes, tão imunda quanto um estábulo (estábulo de nossos vícios). Ele toma essa alma vazia de valores, mas tão cheia de mesquinhez e maldade, e a torna inteiramente preciosa para si. Assim, Deus é contado entre nós! E nessa humildade de Deus é que encontramos a única oportunidade, em nossa pálida vida, de vermo-nos restaurados e dignificados para a glória maior da vida eterna.

Deus conosco. Contado entre nós em um recenseamento. Nascido em uma desprezível manjedoura, cercado por dóceis animais e visitado por homens simples do campo, faz-se como um de nós, para poder tomar a nossa precária vida, cheia de orgulho e misérias, e restaurá-la à posição da qual nunca deveríamos ter saído. Contado entre os homens, vivendo com os homens, morto pelos homens, ressuscitado dentre os mortos, exaltado à Glória Eterna, fazendo-nos filhos seus.

Por: Erasmo Ungaretti



Extraído do DAQUI

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Entoando a canção da vida do Mestre dos mestres - 2º Verso

O verso da vitória sobre as tentações

Em Mateus 4.1-11, vemos que Jesus, depois de ter jejuado 40 dias, é levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado. Observando essa fase da vida de Jesus, poderemos entender que ele entoou a canção da integridade, da verdade, da santidade.
Em primeiro lugar, Jesus não cedeu aos apelos carnais. Seu corpo realmente precisava de pão, mas seu espírito estava pronto para manter-se intacto, sem ceder a vontade de simplesmente transformar pedras em pães, alimentando-se e assim, saciando a fome do corpo. Aqui, vemos um inimigo tentando mexer com a identidade do Mestre. "Se és filho de Deus...". Meditando sobre isso, vejo literalmente como um desafio, tentando mexer com aquilo que Jesus era. Era por natureza filho de Deus, e não precisava fazer nenhum milagre para provar isso. É como dizer: "eu tenho dúvidas da sua capacidade. Me mostre se vocẽ realmente é filho de Deus". Quantos de nós já ouvimos: "Mostre que você é homem. Aquela sua colega do escritório está a fim de você. Vá lá e mostre que és macho".
A sociedade nos desafia a mostrarmos quem nós somos, e muitas vezes, nos oferece uma recompensa carnal por isso. Mas, o adorador genuíno não se corrompe para mostrar quem ele é. Pelo contrário, ele mostra quem é exatamente pelo caráter que tem, pela integridade, por que não se contamina.
Em segundo lugar, o Mestre não cede aos questionamentos a respeito do caráter de Deus. A ênfase agora é "será que Deus mandará os seus anjos para que te guardem?" Um inimigo terrorista que tenta leva-lo a querer provar quem Deus é. Mas, o Filho, que conhece o Pai, sabe que este não o deixará sozinho. Por isso, ele não precisa provar nada, ele não precisa mostrar que Deus é capaz, nem questionar o seu caráter. Para Jesus, Deus é, e basta! Quem nunca se sentiu tentado a questionar o caráter de Deus? Naqueles momentos em que, parece que tudo está contra nós, nossa carne clama por algo que a sustenha, nossas emoções procuram por satisfação, e nossa alma se abate. Vem a pergunta: "será mesmo que Deus esta olhando para mim? Será que se eu me jogar daqui, ele vai me segurar?" O adorador, a exemplo de Cristo, conhece o caráter de seu Deus, porque vive com ele, tem intimidade, sabe que esse Deus está perto, em qualquer momento, e não precisa ficar tentando provar nada.
Em terceiro lugar, Jesus não cede aos apelos da conquista de algo pelo caminho que parece mais fácil. Provavelmente o nível de tentação mais fácil de ser vencido quando se é aprovado nos anteriores, mas o mais difícil, se acontecer o contrário. Agora, o inimigo pega pesado. Já que o Mestre não tem nenhum problema com a sua identidade e não manifesta nem sombra de questionamento sobre o caráter de Deus, ele apela, então, para aquilo que pode ser a fraqueza de qualquer homem: poder. Mas, não é um poder que custe barato. Custa o relacionamento com o Soberano. É uma troca: "você quer? pode ter, mas troque o alvo da sua confiança. Tire a sua fé do seu Deus e corrompa o seu caráter, prostrando-se ao que o sistema pode lhe oferecer."
Porque tentar crescer na empresa sendo íntegro, se você pode atingir um cargo mais alto com muita facilidade, quebrando o princípio da lealdade." E por aí vão os apelos. O cara diz que serve a Jesus, mas é acessor do deputado Fulano de Tal, e ajuda-o no desvio de verbas. O outro é crentão e faz parte da liderança da igreja, mas trabalha no Corpo de Bombeiros, na área de liberação de alvará de funcionamento, e, mediante alguma "ajuda de custo", deixa passar alguns ítens de segurança de determinado estabelecimento. A jovem é cristã convicta, está na universidade porque Deus o colocou lá, capacitando-a a passar no vestibular, mas, não perde a oportunidade de gabaritar as provas por meios, no mínimo, questionáveis. E por aí, vai!
Aliás, poder tem sido a arma de muitos líderes cristãos. Usa-se a fama, a influência alcançada sabe-se lá de que maneira, para dominar as massas de amados irmãos que desejam, acima de tudo servir a Jesus. E usa-se esse povo sincero para servir aos próprios interesses. E a influência, que deveria ser genuína, como resultado de um caráter incorruptível, que serve de exemplo, tem partido de corações ávidos por um poder maquiavélico, onde tudo o que importa são os projetos pessoais e os recursos que daí podem sair. E, pior: maquia-se tudo isso de adoração, de evangelho, de visão de Deus, de obra de Deus. E, ai daquele que é ousado o suficiente para dizer não a este sistema de coisas que rege o mundo evangélico, porque vê o verdadeiro evangelho da maneira que Cristo, Paulo, Pedro e Tiago ensinaram. Este recebe um rótulo: insubmisso.
Sendo bem franco, dá vontade de dizer um monte de verdades. Deixa de palhaçada, camarada! Seja homem o suficiente para assunir que teu deus é o teu umbigo, e que estás sujeitando pessoas amadas a novo jugo de escravidão, e que tudo o que te interessa é a fama, a riqueza e o poder que isso que chamas de ministério pode te trazer!
Mas, nos consola saber que ainda há adoradores verdadeiros, aqueles que não se corrompem. Eles sabem que a canção da sua vida é feita com notas de integridade, que formam a melodia da santificação, da separação do sistema reinante no mundo, e, harmonizando-se com o discurso, agradam o ouvido de sua principal platéia: o Pai, que procura os verdadeiros!
Abraço, no amor do Filho, que venceu tudo para que fossemos mais que vencedores!

Continua...

domingo, 30 de setembro de 2007

Entoando a canção da vida do Mestre dos mestres!

Tenho trabalhado com o chamado ministério de louvor há alguns anos. Pelo que lembro, uma das minhas primeiras experiências foi na Igreja que meu pai pastoreava no interior do Rio Grande do Sul, aos 17 anos, quando fizemos um encontro de grupo de jovens, e eu me reuni com alguns músicos, sem entender muito sobre o assunto, e "ministramos o louvor". Foi um tempo precioso, onde Deus começou a falar comigo. Aliás, lembro também que essa foi a primeira vez que ouvi Deus me dando uma direção sobre minha vida e ministério.
De lá pra cá, muita coisa aconteceu na minha vida, e no mover de louvor e adoração pelo Brasil. E eu também vi muita coisa em algumas viajens que o Cordeiro me permitiu fazer. Percebo que muita coisa evoluiu no sentido musical. Há anos atrás, além de Asaph, Adhemar, Daniel de Souza e Koinonia com o Bené, Kléber, Alda Célia, ouvia-se muita "música de fora", com Marcos Witt, Ron Kenoly e a Hozanna Music. Nos últimos anos, muitas coisas foram feitas no Brasil. Músicas boas, outras nem tanto, originais e cópias de "unções", modismos, manifestações plenas e genuínas, exageros, algumas coisas que mais parecem "mantras", como o Pr. João de Souza nomeia em um de seus artigos. Então, percebe-se que há uma evolução em muitos aspectos, e uma certa regressão em outos. É o que se ve quando alguns ministros ficam tentando copiar a unção de outros. Acredito que isso tenha mudado, mas há algum tempo via-se por aí muitos Davidzinhos, Aninhas e Cirilinhos. Plágios muito malfeitos dos originais. Junto com a evolução do que é bom e regressão naquilo que não é saudável, tenho me preocupado com uma tendência: a definição de certos termos, como a palavra adoração.
Resumiu-se adoração como música, estilo musical, momento de louvor, manifestações. Você já deve ter ouvido uma frase mais ou menos assim: "Agora descobrimos a verdadeira adoração" ou "hoje vivemos a verdadeira adoração". Sério? Então, o que os pais da igreja viveram não era adoração? Jesus não viveu a verdadeira adoração? E Paulo, Pedro, Timóteo, João, Tiago?! E Lutero, Calvino, etc.? E aqueles amados que morreram no passado vítimas de perseguições? E os Vencedores por Cristo, Logos, Janires, Gerson Ortega, Nelson Bomilcar, e outros da geração anterior? Levando em conta essas afirmações, devo admitir que Jesus não era adorador, afinal de contas, encontrei somente uma passagem em que ele cantou um hino. É o problema da terminologia! Alguém pode dizer que é só terminologia. Mas, penso que com terminologia, temos um grande problema. Definição muda tudo.
Pensando em definição, quero propor que estudemos, nos próximos dias, qual era a música que Jesus cantava. Sim, vamos entender adoração a partir da vida daquele que mais nos tem a ensinar sobre o assunto. A adoração de Jesus não era uma música que ele cantava pra criar um clima antes de começar a pregar para a multidão que estava ao pé do monte. Não se resumia a canção que ele entoou depois da ceia, antes de sair para o Monte da Oliveiras.
Quando Jesus conversou com a mulher samaritana, ele não estava dizendo que os verdadeiros adoradores "cantarão" em espírito e em verdade. A adoração que Jesus viveu e ensinou tem a ver com vida, relaciona-se com obediência. Tem a ver com chegar no final da vida ou ao final de cada dia e poder dizer: "eu te glorifiquei, terminando a obra que confiastes a mim..." ou "eu te glorifiquei no dia de hoje, obedecendo aos teus preceitos, amando ao meu próximo, sacrificando a minha vontade em favor de fazer a tua". A vida de Jesus cantou mais alto do que sua voz. A música entoada pela sua vivência foi mais afinada do que qualquer canção que ele pudesse entoar junto com a maior orquestra que pudesse existir.
Pensando nisso, quero convidar você a entender comigo alguns princípios que demonstram um ensinamento de adoração genuína na vida do Mestre, comparando-a com uma canção.

1. O verso do lava-pés
"...levantou-se da ceia, tirou o manto, e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois, deitou água na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido." - Jo. 13.4 e 5(¹).
Não sou teólogo, mas alguns teólogos, comentaristas e historiadores dizem que lavar os pés dos visitantes era uma atribuição dos escravos do anfitrião. E Jesus faz exatamente isso. Fico imaginando quão sujos deviam estar aqueles pés dos discípulos. Não tinham carro, andavam a pé, e seus calçados eram sandálias. Não creio que tivessem o costume tupiniquim de banhar-se todos os dias, mas tinha-se o costume de lavar os peś, e parece que era isso que os escravos faziam. Era até questão de respeito para com os convidados, maneira de honrá-los. E é isso que o Mestre faz. Assume uma posição de escravo e, inclina-se para lavar os pés dos discípulos.
É o verso do lava-pés, onde Jesus ensina o princípio da humildade. Assume essa posição para dizer exatamente quem ele é. É o mestre que, apesar de ser igual a Deus, inclina-se para servir aos seus. Ensina-nos que, antes de cantarmos canções lindas precisamos viver uma vida de humildade. Uma vida de serviço aos irmãos. O verso da humildade é o verso do preferir em honra uns aos outros, é o verso do amor. É a parte da canção da vida de Jesus que ensina que, antes de cobrarmos algo do nosso irmão, devemos nos dispor para serví-lo. O lava-pés nos ensina a amar o próximo até as últimas consequências.
Vem-me a memória um fato ocorrido em uma Igreja de Brasília. Uma irmã estava há alguns dias sem vir as reuniões. Num determinado domingo, ela aparece para um evento, e um dos pastores, de maneira irônica, informa que a Igreja está no mesmo lugar. A pobre irmã ficou sem jeito. Depois, recebi a informação de que essa amada não vinha as reuniões porque estava com sérios problemas em seu casamento, passando por inúmeras dificuldades. E, o pastor não teve capacidade para perguntar se aquela irmã simples estava passando por alguma dificuldade, se estava precisando de ajuda em oração, se precisava que comprasse algum remédio. Precisamos aprender a cingir-nos com uma toalha, encher uma bacia d'água e ir até os nossos irmãos e dizer-lhes que eles merecem ter seu pés lavados. Quantos pés cansados da caminhada temos ao nosso redor. Quantos pés sujos pela poeira das dificuldades da vida temos em nossas igrejas.
Talvez, haja uma preocupação demasiada com a performance dos nossos cultos, nossos ministérios de música, que não há espaço na nossa agenda para olharmos para os nossos irmãos. E, com nossas atitudes, no lugar de nos inclinarmos, levantamo-nos e pisoteamos aqueles a quem devíamos servir. Precisamos entender que o verdadeiro adorador tem um compromisso com a humildade, com o amor ao próximo, com o serviço aos santos. Não há como amar a Deus e não amar o meu próximo. Não há como amar a Deus e ter um coração cheio de soberba. E adoração tem a ver com amar a Deus acima de tudo. E amar a Deus reflete-se em amor ao próximo. Jesus adorou. Mas ele não adorou com música. Era prática! Vida! Vida de humildade. Esse é o compromisso que devemos ter.
Estou indo comprar uma bacia. E uma toalha 100% de algodão e um sabonete. O mais perfumado. Quero ser humilde o suficiente para servir o meu próximo. Só assim, poderei cantar aquela canção do Daniel de Souza: "Recebi um novo coração do Pai..." Que sejamos os verdadeiros adoradores que tem compromisso com a canção da bacia e da toalha! A exemplo de Jesus!
(¹) Bíblia Revista e Corrigida de Almeida segundo os melhores textos em grego e hebraico.

Continua!!!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

O POVO PRECISA SABER PARTE II !!!!!!!!

Continuo aqui postando o restante do e-mail que recebi de uma amiga, como no post anterior.
Abraços, no amor do Cordeiro Santo
Nemias
VIVENDO O AMOR NA FAMÍLIA
Eu ainda acredito que o verdadeiro amor (não
a paixão mundana ou os estereótipos do cinema) tudo pode. E a maior força
dele está em nos dar força para lutar, buscar novas alternativas, quebrar a
rotina, vencer preconceitos, ter coragem de não desistir, de tentar mais
uma vez, de acreditar.
Um dos segredos é a sabedoria para diferenciar as situações pelas quais faz
algum sentido brigar, gerar um conflito para crescimento, daquelas nas
quais não está envolvido nada além de egos, vontades e orgulho.
Há muito tempo, eu ouvi de uma pessoa: "Tem gente que quer ter razão, tem
gente que quer ser feliz."
Eu acho que a medida que vamos amadurecendo e permitindo que Deus troque
nosso coração de pedra por um de carne, nós estamos mais dispostos a ser
feliz e menos preocupados em ter razão.
E sabe de uma coisa? Às vezes, podemos ter situações em que ver o outro
feliz é que nos faz feliz.
Amar é, acima de tudo, acrescentar, somar, potencializar.
Ninguém foi chamado para entrar na vida de ninguém para roubar, saquear,
diminuir capacidades, transformar sonhos em pesadelos, causar doenças ou
devastação.


VIVENDO O INÍCIO DE UM NOVO MOVER
Eu creio que tudo isto é somente o início do mover das águas, uma amostra
do que Deus quer para vocês.
Você não nasceram (e eu já disse isso mais de uma vez) para vocês mesmos,
vocês são pessoas criadas para atingir outras pessoas, para a
transformação, para acabar com o marasmo, com a religiosidade, com a
mesmice da rotina
cristã pautada por regras estabelecidas por homens que nunca tocaram ou
foram tocados por Deus.

Vocês andarão por caminhos desconhecidos pela maioria das pessoas,
enxergarão coisas além do mundo natural,
ouvirão a voz do Pastor em meio a qualquer caos e serão capazes de
discernir as intenções dos corações dos homens.
Andar ao lado de vocês será um privilégio, será como estar acompanhado de
anjos e próximo a fontes de águas vivas.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O POVO PRECISA SABER!!!

Dias atrás, recebi um e-mail de uma amiga, a qual eu e minha família prezamos muito. Foi uma mensagem de incentivo! E eu fiquei tão edificado que quero compartilhar com vocês! O título acima foi colocado com o intuito de dizer que o povo de Deus precisa ser edificado como eu fui, são verdades as quais precisamos atentar diariamente, e que, muitas vezes não ouvimos nos púlpitos ou ministrações oficiais! Não reproduzi o texto na íntegra, para preservar detalhes pessoais, mas tomei o cuidado de mexer o mínimo possível no texto, para não mudar sua excência. Então, de hoje até os próximos 5 dias, vou postar partes do texto, para que você seja edificado como eu fui. Abraço!!!
Vosso no amor do Cordeiro,
Nemias

VIVENDO COMO IGREJA

Em qualquer processo de cura, crescimento e vivência do evangelho,a Igreja, como corpo de Cristo, é fundamental. Existem dificuldades (como em todo lugar onde tem pessoas), mas as bênçãos e o apoio de viver como igreja são tão mais importantes que tenho entendido que vale muito mais destacar as coisas boas e perdoar e superar as picuinhas do dia a dia.

VIVENDO O NOVO DE DEUS PESSOALMENTE

(Sobre o que Deus está fazendo comigo e com minha família).

As notícias sobre vocês são incríveis e eu estou estourando de alegria pelo que Deus tem feito com vocês e através de vocês. Se tudo isso é doideira, tudo bem. Melhor ainda. É uma chatice tudo muito previsível, não é mesmo? Adorei a tua expressão "depois que me converti direito", e acho que eu estou vivendo o mesmo tipo de experiência, por isso te entendo bem: apesar de saber, de falar e de ter feito muitas coisas, parece que só agora eu estou fazendo direito. Eu imagino o tipo de experiência que tu deve ter vivido, podendo falar das coisas de Deus com total convicção, não apenas com o conhecimento intelectual, mas com a certeza de conhecer o Deus de quem tu fala e poder reconhecê-lo na inspiração da palavra, do ensino, do toque sobrenatural na vida das pessoas. Tu passou do estágio de conhecer Deus para viver Deus e quando se chega a isso, o mais interessante é que não somos mais nós que vivemos, mas Cristo que vive em nós. Agora estou profundamente emocionada, pois acho que posso imaginar um pouco o que devem ter sido estes momentos para ti. Acredito que deve ter sido como escamas caindo dos teus olhos e teus ouvidos sendo destampados e finalmente, tudo pôde experimentar e confirmar a existência de coisas, que por muito tempo, tu só ouviu falar e até acreditou, pois foram contadas por pessoas da tua confiança. Mas poder viver e não apenas ouvir falar, traz uma nova dimensão para a tua vida e tu passa a ser não mais um portador de notícias, mas um narrador em primeira pessoa (EU vi, EU sei, EU estive lá...) .
Deus estar permitindo que tu participe de tudo isso e ainda usando a tua vida como instrumento de transformação, demonstra que, finalmente, chegou o teu momento com Ele, do encontro íntimo, de estar em Sua presença, de receber o toque que muda o rumo da história. Creio que daqui para a frente, tu nunca mais será o mesmo. É tão bom saber que Deus nos ama e acredita tanto em nós a ponto de deixar que façamos parte de seus milagres, da sua ação na vida de outras pessoas, do seu mover sobre este planeta. Vocês são parte fundamental na história da vida de muitas pessoas e que Cristo quer reescrever, reinventar, recriar.

CONTINUA...

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Olá a todos...

Um bom dia! Começo hoje meu caminho por esse mundo do blogger, desejando que todos os que leiam venham comigo! Sempre foi meu desejo compartilhar coisas que o Cordeiro Santo tem me ensinado a respeito de sua Palavra. E meu propósito aqui não é outro, senão o de contribuir para o crescimento do corpo de Cristo, atravéz do que tenho aprendido. Anos atrás, pensava em escrever um livro, mas hoje percebo que devo "oferecer de graça o que de graça tenho recebido". Então, pelo menos uma vez por semana publicarei aqui artigos, mensagens, pensamentos, músicas, indicações de livros e tudo o que puder contribuir para o crescimento do Reino!
Começo hoje me apresentando: Acho que você já dever ter visto, mas para que a apresentação seja completa...
Meu nome: Nemias Rodrigues, tive a graça de vir a este mundo no dia 12 de dezembro de 1977. Sou filho do Pastor Waldemar Rodrigues e da Sra Margarete Rodrigues, tenho uma irmã chamada Lea Mirian e um irmão chamado Israel. Sou casado com uma candanga maravilhosa, a Claudia Rodrigues, e sou pai do Nicolas Gabriel e do João Vítor. Trabalho há alguns anos com Ministério de Louvor, e atualmente auxilio no pastoreio de jovens na ICEP de Taguatinga/DF. Profissionalmente, atuo na área de administração e corretagem de imóveis. Estou feliz com Jesus! Muito!!!! Explico porque: há alguns meses eu era um trapo humano. Mas, o Cordeiro veio com seu sangue, me lavou, me perdoou, restaurou meu casamento, e hoje estou aqui com toda a disposição de servir ao corpo de Cristo! É isso! Acredito que, com o tempo, vou sendo conhecido! E, enfatizo que meu maior desejo aqui é contribuir com a noiva do Cordeiro que é Santo! Espero que tudo o que for publicado aqui seja semente que germine e frutifique a 30, 60 e a 100 por 1.
Abraços
No amor do Cordeiro!